Cidades Não Sabem Não Crescer
DOI:
https://doi.org/10.59072/rper.vi54.170Resumo
A tendência à expansão da maioria dos sistemas urbanos persiste como questão central ao campo do planejamento nas diferentes escolas do pensamento urbanístico, mesmo que resultem raros os casos em que as soluções adotadas lograram sucesso em contê-lo. Paralelamente, perdura também uma imagem de progresso, frequentemente associada à dinâmica da vida nos centros urbanos e ao ritmo de mudanças observado nesses espaços, que confere um caráter contraditório ao valor da vitalidade urbana, uma vez que apenas parte dos cenários perseguidos ou alcançados pode a rigor ser tida como desejável. Este artigo retoma o tema do crescimento urbano em sentido amplo, revisitando-o a partir das vertentes críticas sobre sustentabilidade e pós-desenvolvimento. Nossas cidades, caso desejassem, disporiam de meios para prosperar sem crescimento? Revisamos diferentes casos e os tratamentos conferidos ao tema na literatura. Os resultados reforçam a compreensão do crescimento contínuo como subproduto do bloqueio à participação social nos processos decisórios.