Desenvolvimento local e efeitos indirectos do investimento directo do estrangeiro em Portugal: a importância da capacidade de absorção regional

Autores

  • Maria Paula Fontoura ISEG, Universidade Técnica de Lisboa e UECE
  • Isabel Proença ISEG, Universidade Técnica de Lisboa e CEMAPRE
  • Nuno Crespo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE/IUL), Departamento de Economia e UNIDE

DOI:

https://doi.org/10.59072/rper.vi27.327

Resumo

O IDE pode operar como um veículo importante de di- namização do desenvolvimento económico regional, tanto através dos seus efeitos directos como indirectos. Neste artigo, focamos o caso dos efeitos indirectos e, concreta- mente, avaliamos a relevância da capacidade de absorção das regiões – avaliada através de uma medida de capital humano – para a ocorrência e a dimensão desses efei- tos. Apesar de existirem razões teóricas válidas para crer que a capacidade de absorção das regiões é um factor que condiciona a manifestação de externalidades do IDE, a evidência disponível é ainda muito escassa. Este estudo procura contribuir para esta vertente de investigação ana- lisando, simultaneamente, a existência de externalidades intra e intersectoriais. Uma outra vantagem do estudo é o facto de adoptar um nível de desagregação regional mais detalhado do que normalmente aplicado em estudos des- ta natureza. Em concreto, adoptamos um conceito de re- gião que inclui o concelho em que a empresa doméstica se localiza e os concelhos que com ele fazem fronteira. Os resultados obtidos – usando dados de painel e a metodolo gia System GMM – confirmam a importância da capacidade de absorção regional, a par da proximidade geográfica en- tre empresas multinacionais e empresas domésticas.

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Publicado

31-03-2011

Como Citar

Fontoura, M. P. ., Proença, I., & Crespo, N. (2011). Desenvolvimento local e efeitos indirectos do investimento directo do estrangeiro em Portugal: a importância da capacidade de absorção regional. RPER, (27), 49–58. https://doi.org/10.59072/rper.vi27.327